Publication
Petrografia e geoquímica de pegmatitos básicos da Província Ígnea do Paraná, no sudoeste do estado do Paraná
Publisher:
Universidade de Sao Paulo, Agencia USP de Gestao da Informacao Academica (AGUIA)
Date:
17-12-2020
DOI:
10.11606/ISSN.2316-9095.V20-161586
Abstract: No sudoeste do estado do Paraná ocorre grande concentração de pegmatitos básicos hospedados em derrames da Província Ígnea do Paraná. Apesar de estudos de detalhe recentes com esses pegmatitos, há a necessidade de compreender as características e os processos de formação, realizando uma correlação em escala regional. Dados petrográficos e geoquímicos de trabalhos anteriores foram reunidos em um banco de dados. Juntamente com cristais 5 a 20 vezes maiores que cristais do basalto hospedeiro, é possível observar que os pegmatitos possuem associação mineral muito similar, com plagioclásio, augita e minerais opacos como principais fases minerais. Nos pegmatitos, esses minerais ocorrem sob a forma de fenocristais e microfenocristais juntamente com micrólitos derivados da devitrificação da matriz. Também possuem cristais com hábito esqueletal, augita em leque e intercrescimento simplectito, além de mesóstase vítrea, evidenciando rápido resfriamento. Geoquimicamente, os pegmatitos são rochas mais evoluídas, formadas por fracionamento do plagioclásio, augita, óxidos de Fe-Ti e apatita. Com a ajuda da análise de componentes principais e diagramas multielementares foi possível definir seis grupos de pegmatitos geoquimicamente semelhantes e espacialmente próximos. Todos os pegmatitos estudados estão hospedados em derrames do Tipo 1 (baixo SiO2, Zr, TiO2 e P2O5), sendo a maioria nos derrames de Tipo 1 Centro-Norte e raros de Tipo 1 Sul. Derrames desse tipo são comumente pahoehoe, essencial para a formação dos pegmatitos, enquanto derrames basálticos de outros tipos, mais evoluídos, costumam ter maior ocorrência de derrame rubbly pahoehoe ou a’a’, o que poderia explicar a falta de ocorrências descobertas em derrames desses tipos.